Minidocumentário | SARAU PROTESTO: QUILOMBO POÉTICO | Carlos de Assunção
Participar do minidocumentário Sarau Protesto: Quilombo Poético foi mais do que uma experiência profissional — foi um encontro com a história viva, narrada em versos e resistência. Como cinegrafista, tive a honra de captar instantes desse projeto usando apenas o meu celular, provando que a força do registro está no olhar, na sensibilidade e no respeito à narrativa que se desenrola diante das lentes.
A peça central desse documentário é Carlos de Assumpção, poeta e símbolo da luta antirracista no Brasil. Cada palavra sua carrega o peso de uma história que não pode ser esquecida, e meu desafio foi transformar esse peso em imagem. O celular, longe de ser uma limitação, se tornou uma extensão do meu olhar, permitindo uma proximidade íntima com os momentos, os rostos e os sentimentos presentes no sarau.
Capturar a energia do Quilombo Poético foi mergulhar em um espaço onde a arte e a resistência se entrelaçam. Cada enquadramento buscou respeitar a potência das vozes que falaram naquele momento, criando um registro que vai além do audiovisual: é um testemunho.
Esse trabalho reafirmou em mim a crença de que contar histórias é mais do que apertar o botão de gravar — é saber escutar, sentir e respeitar a verdade que se deseja em cada quadro. E poder contar essa história com um celular na mão e o coração aberto foi uma das experiências mais marcantes dessa trajetória.
SINOPSE
O mini documentário "Sarau Protesto: Quilombo Poético" apresenta a trajetória do Sarau Protesto, um movimento cultural e educativo que, desde 2016, percorre escolas, centros culturais, eventos e comunidades de Franca-SP, inspirando auto afirmação e resistência. Idealizado como um espaço itinerante de expressão e valorização da cultura afro-brasileira, o nome do sarau homenageia o poema Protesto de Carlos de Assumpção, griot, poeta e ícone da luta pela dignidade do povo negro no Brasil.
Este registro audiovisual, de 50 minutos, que acompanhado por uma exposição fotográfica, captura a energia única das rodas de poesia e arte, onde o centro e a periferia se encontram através da música, dança, teatro e manifestações populares. Em cada roda, o Sarau Protesto reafirma a autoestima da população preta e periférica e destaca a importância da educação antirracista, alinhando-se às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que promovem a valorização da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.
Com uma linguagem poética e visceral, o mini documentário imortaliza a relevância de um movimento que ecoa dignidade, inclusão e resistência na sociedade brasileira.
Ao final, teremos a apresentação do Sarau Protesto, com a presença do Sr. Carlos de Assumpção.
Este projeto é realizado com o apoio da Lei Paulo Gustavo, Prefeitura de Franca, Fundação Esporte, Arte e Cultura (FEAC), Ministério da Cultura e Governo Federal.